Inesquecíveis Sensações Amazônidas


Acordar cedinho com o canto rouco do galo doido e o cheirinho de café vindo da cozinha. Pisar no chão de madeira lisinho e enceirado com capricho.

Firmar o corpo, mirar o olhar na porta  aberta e sair em disparada até o corredor acabar e de repente se ver mergulhada em águas negras que te fazem emergir mais desperta do que nunca.

Nadar até a varanda lateral onde a colgate te espera para escovar os dentes não de frente para um espelho  revelando sua cara pálida, mas para uma paisagem deslumbrante composta por um extenso lençol negro cercado por diferentes tons de verde.

Ajudar a ariar as panelas até que ficassem brilhantes como prata. Sim, eu achava lindo como estas panelas enfeitavam as paredes, me pareciam mais que panelas, mas  troféus representando o zelo das mulheres ribeirinhas.



Remar sozinha a tarde, adentrando os igapós sendo inebriado pelos sons da floresta. Sentir-se deslizando na superfície suave do rio como uma aventureira corajosa de braços fortes que domina a própria direção.

Paradinha na praia branca, onde a areia se mistura com as raízes formando veias de vida, que céu lindo, que paz.

Chegando no flutuante banho de novo, mas dessa vez de cuia  porque depois das 18:00 não se pode entrar no rio já que a mãe da água esta lá prontinha para carregar os desobedientes.

No jantar caldeirada de peixe fresquinho com a sombra da noite iluminada pela luz da lamparina de querosene, e no fim o adormecer embalada pela rede macia que te abraça para um novo amanhecer!!!


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